INSS: 473,9 mil segurados já contestaram descontos indevidos

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O presidente doO Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, disse nesta quarta-feira (14) que ao menos 473.940 apossentado e pensionistas já informaram ao órgão que não reconhecem descontos nos seus benefícios feitos por associações e pediram reembolso. Os dados foram atualizados até as 16h desta quarta.

Em entrevista coletiva à imprensa, Waller Júnior informou que esse número equivale a 98,6% das 480.660 pessoas que entraram em contato com o órgão — o sistema foi aberto nesta quarta. Segundo o presidente do INSS, 6.720 pessoas reconheceram as cobranças nas contas (1,4%) e não pediram ressarcimento.

Desses, 473.940 informaram não reconhecer o vínculo com a organização associativa e pediram o ressarcimento — o que corresponde a 98,6% dos requerentes. Outros 6.720 beneficiários reconheceram o desconto e, portanto, não finalizaram uma solicitação para receber o dinheiro de volta.

Segundo o presidente do órgão, 41 entidades foram contestadas, ou seja, não foram reconhecidas pelos cidadãos que tiveram valores descontados. Esse número corresponde a todas as associações cadastradas.

A partir da contestação pelo beneficiário, as entidades terão 15 dias úteis para enviar ao INSS a documentação que comprovaria o vínculo com o segurado e a autorização para o desconto.

A partir da apresentação desses documentos, o beneficiário e o INSS vão analisar se há irregularidades na assinatura ou em outra documentação do desconto.

Caso queira, a entidade também poderá devolver o valor descontado do segurado por meio de uma Guia de Recolhimento da União (GRU). O valor segue direto para o Tesouro Nacional e será ressarcido ao beneficiário por meio do benefício no INSS.

“Esse pagamento não vai para a conta do segurado, vai para o Tesouro e o INSS vai ressarcir em folha. Não informe nada a ninguém, não assine nada, não dê qualquer tipo de informação. O pagamento não vai para a conta do segurado, vai para o INSS. O INSS vai pagar o segurado por meio do benefício”, frisou Waller.

No momento, o presidente do INSS avalia que não é necessário expandir o atendimento de forma presencial utilizando agências de parceiros como Caixa Econômica Federal ou os Correios, que possuem maior capilaridade que o INSS, que está presente em cerca de 800 dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros.

“O INSS vem monitorando esses canais de atendimento e verificando se será necessário abrir outros canais. Esse pedido [de devolução de desconto] não tem prazo para terminar. A gente vai monitorando essa situação para verificar se é necessário encontrar parceiros, se vai precisar atender nas agências ou outras formas de busca”, afirmou Gilberto Waller Júnior.

O gestor, no entanto, não descartou a possibilidade de fazer busca ativa a partir de um balanço futuro, caso segmentos específicos desses 9 milhões de segurados não tenham conseguido acessar os canais principais de atendimento para avaliar os descontos.

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