Foto: Patrick Abreu/
Espírito patriótico, integração e unidade de entidades públicas e civis que compõem a sociedade. Essas características resumem a tradicional passagem do Fogo Simbólico, celebração histórica que abre oficialmente as comemorações do 2 de Julho. Nesta segunda-feira (30), dando continuidade ao percurso iniciado neste final de semana em Salvador, Camaçari recebeu de Dias d’Ávila a pira que simboliza a vitória do povo baiano sobre as tropas portuguesas, marcando um momento crucial na luta pela Independência do Brasil.
Pelo segundo ano consecutivo, Ednilson Júnior, 38 anos, participou da celebração carregando a tocha. “Participar de um momento simbólico como esse, que representa a nossa independência, é entender o processo histórico e, na prática, fazer a nossa cultura passar de geração para geração”, pontuou o professor de Educação Física.
O evento também contou com pessoas que participaram da celebração pela primeira vez, a exemplo de Beatriz Veloso, 27 anos. “É a primeira vez que participo, estava bem ansiosa, queria muito vivenciar esse momento. Relembrar, de alguma forma, esse ato histórico na nossa cidade. Participar dessas celebrações é abraçar a nossa cultura, as nossas raízes”, declarou a jovem.
O historiador Diego Copque, lembrou a luta para incluir o município no roteiro da passagem do Fogo Simbólico. “Essa vitória foi fundamentada por uma tese minha, que trata da participação de Camaçari e do Recôncavo Norte na consolidação da independência do Brasil. Eu sou uma pessoa felicíssima nesse sentido, porque nós estamos trabalhando num processo de reparação histórica. Falar da história do Brasil, é falar da história de Camaçari. E a história de Camaçari não começa com o Polo Petroquímico, começa no século XVI com a fundação do Aldeamento do Espírito Santo, no dia 29 de maio de 1558. E, portanto, Camaçari tem 467 anos de história que precisa ser reparada e contada para o nosso povo”, explicou.