Construção civil propõe inovação e crédito mais amplo em Brasília

Foto: Divulgação /

Em audiências realizadas em Brasília, o Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o SENAI Cimatec apresentaram propostas para modernizar a construção civil, com foco em inovação tecnológica, industrialização e ampliação do crédito habitacional.

Pela manhã, a comitiva foi recebida pelo presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Bezerra, que demonstrou interesse em apoiar soluções mais inovadoras e sustentáveis para o setor habitacional.

No período da tarde, o grupo esteve em audiência com o ministro das Cidades, Jader Filho, discutindo estratégias para fortalecer a cadeia produtiva e garantir maior previsibilidade ao mercado. A CBIC defendeu a necessidade de estabilidade regulatória, diversificação das fontes de financiamento e estímulo à inovação para avançar no crédito habitacional e ampliar o acesso à moradia em todas as faixas de renda.

O presidente do Sinduscon-BA, Alexandre Landim, destacou que a industrialização, por meio de sistemas construtivos produzidos fora dos canteiros, pode reduzir custos e prazos das obras em até 30%, além de aumentar a durabilidade das habitações. Landim também ressaltou a parceria estratégica com o SENAI Cimatec como fundamental para consolidar novos métodos construtivos.

Durante a reunião, foi debatida ainda a retomada do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), considerado essencial para elevar o padrão das construções. Marcos Galindo, diretor do Sinduscon-BA e membro da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) da CBIC, sugeriu reforçar a equipe técnica do programa no Ministério das Cidades para ampliar sua eficácia.

O diretor do Departamento de Planejamento e Política Nacional de Habitação, Daniel Sielgmann, afirmou que o ministério já mapeou os principais pontos de aprimoramento e pretende aprofundar o diálogo técnico com as entidades do setor.

Também esteve em pauta o atual modelo de financiamento habitacional, que depende fortemente da caderneta de poupança e poderá ser reformulado pelo Banco Central. O presidente da CBIC, Renato Correia, defendeu que eventuais mudanças sejam feitas com diálogo, responsabilidade e participação ativa do setor produtivo.

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