Foto: Reprodução/TV Bahia /
Os moradores do bairro de São Marcos, em Salvador, estão sem ônibus há quatro dias nesta quinta-feira (2). Este é o quinto dia de protestos pedindo Justiça por Caíque dos Santos Reis, morto no último domingo (28), durante uma ação policial. Não há previsão para a regularização do transporte público na região.
As manifestações estão acontecendo na principal rua de São Marcos, que fica próxima da entrada da comunidade de São Domingos, onde o jovem foi morto. A Polícia Militar acompanha os protestos.
Conforme informações da TV Bahia, a população de São Marcos e Pau da Lima está embarcando e desembarcando o transporte público na rotatória da via regional quase em frente ao Jardim Botânico de Salvador. No total, 14 linhas de ônibus foram desviadas para a via regional e para a Estrada Velha do Aeroporto.
Mais de 43 mil pessoas moram na região e algumas pessoas estão precisando andar entre 2 e 3 km para retornar para casa. O policiamento segue reforçado no bairro.
Policiais envolvidos em ação que terminou na morte de adolescente são afastados
Os policiais militares envolvidos na ação que terminou com morte de um adolescente de 16 anos no bairro de São Marcos, em Salvador, foram afastados das atividades de ruas. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (1°) pela corporação.
De acordo com a Polícia Militar, logo após tomar conhecimento da ação policial, determinou a adoção imediata de um protocolo que estabelece medidas a serem aplicadas em situações de ocorrência com trauma, inclusive aquelas que resultam em lesão corporal grave ou morte.
Conforme o regulamento, os policiais militares, lotados no Batalhão de Policiamento de Prevenção a Furto e Roubos de Coletivos (BPFRC), envolvidos foram afastados das atividades operacionais, prestaram depoimento individualmente e foram encaminhados ao Departamento de Promoção Social da PM.
Na unidade, receberam acompanhamento psicológico especializado, participaram de atividades de apoio emocional e de palestras diárias voltadas à valorização da vida e aos valores humanos, permanecendo sob acompanhamento administrativo até a conclusão das investigações.
Segundo a PM, as apurações ocorrem em duas frentes complementares:
- Na esfera administrativa, conduzida pela Corregedoria-Geral da PM, sob a responsabilidade direta do coronel Delmo, corregedor-geral;
- Na esfera criminal, a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, responsável por investigar as circunstâncias do fato.
“A Polícia Militar da Bahia reafirma seu compromisso com a legalidade, a transparência e a defesa da vida, ressaltando que não compactua com desvios de conduta e assegurará a plena responsabilização de eventuais excessos, sempre garantindo os direitos constitucionais ao contraditório e à ampla defesa”, disse em nota.
Fonte: G1