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Departamento de Polícia Técnica (DPT) deverá prestar novos esclarecimentos quanto ao laudo pericial do caso Hyara Flor, adolescente de 14 anos morta com um tiro, em julho deste ano. Nesta quinta-feira (21/9), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que questionou a Polícia Civil. Por meio de nota, o MP informou que recebeu o parecer técnico da defesa, que foi juntado aos autos do inquérito policial, e solicitou “diligências complementares” à perícia técnica. O intuito é saber em qual vértebra cervical ficou alojada a bala.
O MP pediu, ainda: um laudo que indique a trajetória da bala; se o disparo aconteceu num ângulo superior ou inferior à marca do tiro na vítima; se a arma foi disparada para baixo; e se foi realizado algum exame nas mãos de Hyara que comprove vestígio de pólvora.
ENTENDA
Segundo versão das autoridades, o disparo que vitimou a cigana teria sido efetuado de maneira acidental, sendo feito por seu cunhado de 9 anos. Porém, a versão de um possível acidente foi contestada pelos familiares da vítima, que atribuem a autoria do crime ao marido de Hyara.
O primeiro laudo da PC apontou que o tiro foi efetuado de baixo para cima, indicando que alguém menor que Hyara deveria ter feito o disparo. Porém, o laudo contratado pela família nega está versão por meio de um elemento de perícia chamado de “zona de tatuagem”.
As tatuagens são marcas que ficam na pele, quando um disparo de arma de fogo é deflagrado contra alguém a curta distância, popularmente chamado de “à queima-roupa”. Essas marcas são pedaços de pólvora, que ao sair da arma, adentram a pele, se alojando entre as camadas cutâneas.