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O chefe da Crowdstrike pediu desculpas nesta sexta-feira pela interrupção de serviços informáticos pelo mundo após uma “atualização defeituosa” de um software da empresa de segurança cibernética. Em entrevista à rede NBC, George Kurtz lamentou o impacto causado a companhias aéreas, passageiros, canais de televisão e outros setores.
O que disse o chefe da Crowdstrike?
— Lamentamos profundamente o impacto que causamos aos clientes, aos viajantes e a qualquer pessoa afetada, incluindo nas nossas empresas, afirmou George Kurtz.
Ele continuou:
— Sabemos qual é o problema… e resolvemos o problema. Pode levar algum tempo para que alguns sistemas se recuperem, mas é nossa missão garantir que todos os (serviços para todos os) clientes sejam totalmente recuperados.
Qual é a fortuna de George Kurtz?
De acordo com dados em tempo real da Forbes, George Kurtz era dono na manhã desta sexta-feira de uma fortuna estimada em US$ 3,4 bilhões, o equivalente a R$ 18,8 bilhões, na cotação atual. Ele foi apontado como a 1.033ª pessoa mais rica do mundo no ranking da revista de 2024.
Quem é George Kurtz, chefe da Crowdstrike?
O CEO Kurtz foi quem fundou a Crowdstrike, uma empresa líder de mercado na proteção contra ataques de hackers e de inteligência contra ameaças cibernéticas. O site da companhia o descreve como “um especialista em segurança, autor, empresário e palestrante reconhecido internacionalmente”.
A Crowdstrike abriu capital em 2019, mas Kurtz manteve 5% das ações.
O “cibermagnata” soma 30 anos de experiência no segmento. Kurtz fundou em 1999 a Foundstone, voltada para produtos e serviços de segurança. Ele chegou a ser CTO (diretor-chefe de tecnologia) da McAfee, depois que a gigante comprou a Foundstone, em 2004. Kurtz é autor de um dos livros de segurança mais vendidos de todos os tempos: “Hacking Exposed: Network Security Secrets & Solutions”.
Segundo a Forbes, o CEO é bacharel em Ciência pela Universidade Seton Hall, de Nova Jersey, e enriqueceu por conta própria. Kurtz é casado e tem dois filhos, com quem mora em Paradise Valley, no estado americano do Arizona.
Apagão cibernético global
Um dos maiores apagões cibernéticos registrados nos últimos anos afetou várias atividades nesta sexta-feira (19) ao redor do planeta, incluindo companhias aéreas internacionais, bancos, empresas ferroviárias e do setor de telecomunicações.
A falha, provocada pela atualização de um programa antivírus, também atingiu as “operações virtuais” dos Jogos Olímpicos de Paris, informou o comitê organizador do evento, uma semana antes da cerimônia de abertura de 26 de julho.
O que causou o apagão cibernético global?
Em uma notificação publicada no seu site, a empresa americana Microsoft informou que os problemas começaram na quinta-feira às 19h GMT (16h de Brasília) e afetaram os usuários da Azure, sua plataforma na nuvem, que tem a proteção do software de cibersegurança CrowdStrike Falcon.
O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou que os clientes foram afetados por uma “falha encontrada em uma atualização de conteúdo dos usuários do Windows”.
CrowdStrike is actively working with customers impacted by a defect found in a single content update for Windows hosts. Mac and Linux hosts are not impacted. This is not a security incident or cyberattack. The issue has been identified, isolated and a fix has been deployed. We…
— George Kurtz (@George_Kurtz) July 19, 2024
“O problema foi identificado, isolado e uma correção foi aplicada”, escreveu Kurtz nas redes sociais X e LinkedIn.
Após o anúncio da pane, as ações da CrowdStrike registraram queda de 18% no pré-mercado. Os papéis da Microsoft caíram cerca de 2%.