Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil /
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro confirmou na manhã desta quarta-feira, 29, a informação de que os números de mortos após a megaoperação das forças de segurança nos complexos da Penha e do Alemão já ultrapassa 130 pessoas. De acordo com o órgão, 128 civis e quatro policiais perderam a vida, totalizando 132 vítimas.
Esse número não constava no balanço oficial do governo do Rio, que havia divulgado na terça-feira, 28, que a operação terminou com 64 mortos. A ação entrou para o ranking das mais letais da história fluminense.
Corpos localizados em área de mata
A Praça da Penha, na Zona Norte do Rio, amanheceu com corpos estendidos sobre lonas, formando uma fila na manhã desta quarta. Moradores relataram que mais de 60 corpos foram retirados por cidadãos de uma área de mata do complexo durante toda a madrugada.
Megaoperação
A operação, deflagrada na terça-feira, 28, prendeu mais de 80 suspeitos de integrar o Comando Vermelho (CV) e resultou na morte de pelo menos 64 pessoas, além de nove feridos, entre eles, três moradores e seis agentes de segurança (quatro policiais civis e dois militares).
Segundo a polícia, entre os mortos estão lideranças da facção de outros estados que se refugiaram na região. A ação contou com 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar e apoio do Ministério Público, no âmbito da Operação Contenção.
Ministério Público fará perícia independente
Em nota, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, informa que técnicos realizam periciais de forma independente.
“Foram enviados ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de perícia independente, em conformidade com suas atribuições legais. As informações referentes aos desdobramentos da operação foram encaminhadas pelo Plantão de Monitoramento para a análise da 5ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro”.
