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O Tribunal do Júri de Dias d’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, inicia nesta terça-feira (25) o julgamento de três homens acusados de participação no feminicídio da cantora gospel Sara Freitas Mariano, morta em outubro de 2023. A sessão começa às 8h30 no Fórum Criminal do município.
No banco dos réus estarão o ex-marido da cantora, Ederlan Santos Mariano, apontado como mandante do crime, além de Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como bispo Zadoque, e Victor Gabriel Oliveira Neves. Segundo a denúncia do Ministério Público da Bahia, o grupo teria atuado com divisão de tarefas e motivado por promessa de recompensa financeira. Eles respondem por feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além dos crimes de ocultação de cadáver e associação criminosa.
Sara Freitas foi morta com mais de 20 golpes de faca e teve o corpo carbonizado. Ela foi encontrada no dia 27 de outubro de 2023 às margens da BA 093, na altura de Dias d’Ávila, após quatro dias desaparecida. De acordo com as investigações, Ederlan Mariano teria encomendado a morte da então companheira, com quem teve uma filha. Weslen Pablo, o bispo Zadoque, foi quem esfaqueou a vítima enquanto ela era segurada por Victor Gabriel.
O processo já teve uma condenação. Em 16 de abril deste ano, Gideão Duarte de Lima foi sentenciado a 20 anos, 4 meses e 20 dias de prisão por atrair a cantora até o local onde foi emboscada e morta. Gideão foi responsabilizado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa.
Os três réus que vão a júri nesta terça-feira (25) estão presos preventivamente e admitiram ter dividido R$ 2 mil, valor que teria sido pago por Ederlan Mariano para a execução do crime.
A expectativa é que o julgamento não seja concluído no primeiro dia, podendo seguir para o dia seguinte a depender dos depoimentos e da condução da sessão.
