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O Tribunal de Justiça concedeu, liberdade ao homem acusado de envolvimento no assassinato de Beto Marques, filho de Mãe Bernadete, líder quilombola e ativista dos direitos humanos. A decisão, proferida por maioria dos votos, revogou a prisão preventiva do réu, que responderá ao processo em liberdade.
A defesa do acusado sustentou que não havia elementos concretos que justificassem a manutenção da prisão, alegando falta de provas contundentes que liguem seu cliente ao crime. Os advogados também destacaram que ele é réu primário e possui endereço fixo, fatores que teriam influenciado a decisão da Corte.
Por outro lado, a família de Beto Marques e representantes de movimentos sociais manifestaram indignação com a medida. Em nota, a comunidade quilombola de Pitanga dos Palmares, onde Mãe Bernadete atua, repudiou a decisão e cobrou justiça. “Não podemos permitir que crimes contra líderes quilombolas fiquem impunes. Exigimos que o caso seja tratado com a seriedade que merece”, afirmou a organização em comunicado.
O Ministério Público já informou que irá recorrer da decisão, buscando a restauração da prisão preventiva. Enquanto isso, o acusado deverá cumprir medidas cautelares, como a obrigatoriedade de comparecimento periódico à Justiça e a proibição de contato com testemunhas do caso.
O caso segue em andamento, e a expectativa é que novas audiências sejam realizadas nos próximos meses para avançar na elucidação do crime.