Foto: Josué Silva
As grandes cidades do estado da Bahia, quando o assunto é geração de empregos, desenvolvimento econômico e social, continuam mostrando força e liderando como cidades mais ricas da Bahia. A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou na sexta-feira (15), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios baianos (2021).
No que diz respeito ao PIB dos Municípios, este é obtido a partir do rateio do valor adicionado bruto dos setores do PIB estadual entre os municípios, tomando como base estruturas de atividades construídas para cada um dos municípios.
Em 2021 os 10 municípios baianos com maiores PIB continuaram os mesmos de 2020, com apenas duas mudanças de posições no ranking.
Salvador (R$ 62,954 bilhões), Camaçari (R$ 33,971 bilhões) e Feira de Santana (R$ 17,282 bilhões). Os dois primeiros ocupam essas posições desde o início da série histórica, em 2002, e Feira de Santana está na sua desde 2004.
Uma das alterações, entre 2020 e 2021, foi a ascensão de Luís Eduardo Magalhães ao posto de 5º maior PIB da Bahia (R$ 8,820 bilhões), ultrapassando Vitória da Conquista, que ficou na 6ª posição pela primeira vez desde 2010 (R$ 8,208 bilhões).
Candeias também ganhou uma posição e passou a ter o 9º maior PIB da Bahia (R$ 6,819 bilhões), superando Simões Filho, que caiu para 10º lugar (R$ 6,334 bilhões)
Outro contexto que praticamente não se alterou foi a forte concentração da Economia do estado nesses 10 maiores PIB municipais, que, juntos, representavam quase metade de toda a riqueza gerada na Bahia em 2020: 48,7% do PIB estadual, ou R$ 171,813 bilhões, de um total de R$ 352,618 bilhões. Em 2020, os 10 maiores PIB da Bahia concentravam 48,6% do PIB do estado.
Os 10 menores PIB municipais do estado também permaneceram os mesmos de 2020, mas Pedrão (PIB de R$ 52,275 milhões), Maetinga (R$ 50,121 milhões), Gavião (R$ 49,919 milhões) e Cravolândia (R$ 45,909 milhões) perderam posições.
Camaçari, Candeias e Cairu foram os municípios que mais ganharam participação no PIB baiano
Entre 2020 e 2021, municípios que tinham a indústria, de transformação ou extrativa, como atividade econômica mais importante foram os que mais ganharam participação no PIB da Bahia: Camaçari, de 8,4% para 9,6%; Candeias, de 1,6% para 1,9%, e Cairu, de 0,2% para 0,4%.
Luís Eduardo Magalhães, no Oeste do estado, teve o quatro maior ganho de participação, muito próximo a Cairu (de 2,3% para 2,5%), neste caso com força maior dos serviços, incluindo o comércio, e da agricultura.
Camaçari (R$ 33,971 bilhões) tem o 2º maior PIB da Bahia e o 37º maior do Brasil e foi o único município do Nordeste entre os 20 maiores valores gerados pela indústria no país, em 2021, ocupando nacionalmente a 15ª posição, com R$ 15,715 bilhões.
Frente a 2020 (quando havia sido de R$ 10384 bilhões), o valor gerado pela atividade industrial teve um crescimento nominal significativo, de 51,3%, e esse bom desempenho também fez de Camaçari o município baiano que mais aumentou sua participação no PIB do Brasil, com o 24º maior ganho em termos nacionais.
No outro extremo, Salvador seguiu como município que mais perdeu participação no PIB da Bahia, de 19,3% em 2020 para 17,9% em 2021 – movimento observado ano a ano desde 2012. Em seguida vieram Paulo Afonso (de 1,4% para 1,1%, entre 2020 e 2021) e São Francisco do Conde (de 3,9% para 3,7%, em um ano).