Foto: Vitor Silva/Botafogo/
O Botafogo encerrou nesta quinta-feira, 19, o maior jejum da história entre vitórias de clubes sul-americanos sobre europeus em torneios oficiais. Com um gol de Igor Jesus aos 35 minutos do primeiro tempo, o time carioca venceu o Paris Saint-Germain por 1 a 0 no Rose Bowl, em Los Angeles, pela fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes 2025. O último triunfo havia sido em 2012, quando o Corinthians bateu o Chelsea por 1 a 0 na final do Mundial da Fifa.
A vitória também marca a primeira derrota de uma equipe europeia para uma sul-americana desde então. Entre 2013 e 2025, as equipes do Velho Continente acumularam nove jogos invictos diante dos sul-americanos em torneios oficiais. Essa sequência inclui seis vitórias em finais — como o 4 a 0 do Manchester City sobre o Fluminense em 2023 — e três empates na atual edição do torneio: Palmeiras x Porto (0 a 0), Boca Juniors x Benfica (2 a 2) e Fluminense x Borussia Dortmund (0 a 0).
“Isso aqui é Brasil. Isso é para o Brasil. Nós jogamos futebol no Brasil”, afirmou John Textor, dono da SAF do Botafogo, logo após o apito final, ainda em campo.
Marlon Freitas, um dos destaques da equipe, falou em superação: “É sobrenatural. Sabíamos das dificuldades. O PSG é uma grande equipe coletivamente, individualmente e sabíamos que tínhamos que dar um algo a mais. (…) Talvez para muitos o Botafogo tivesse 1% para ganhar esse jogo e 1% para a gente é muito.”. A gente pode ganhar, perder, mas não vamos desistir nunca.”
Após o jogo no Rose Bowl, em Los Angeles, o técnico do Botafogo, Renato Paiva, destacou a força coletiva do time e afirmou que o Alvinegro venceu os franceses adotando a mesma filosofia que tornou o PSG uma potência recente: competitividade e jogo em grupo.
A rodada da Copa do Mundo de Clubes segue nesta sexta-feira com outros dois duelos entre sul-americanos e europeus: Flamengo x Chelsea e Boca Juniors x Bayern de Munique. Na próxima semana, o Botafogo volta a campo contra o Atlético de Madrid, enquanto o River Plate encara a Internazionale.
A vitória do Glorioso em solo americano encerra não apenas uma escrita incômoda como recoloca o futebol brasileiro no radar das grandes disputas internacionais. Para um clube que viveu altos e baixos nos últimos anos, o feito é histórico — e sinaliza uma nova fase para os alvinegros.