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Os resultados das principais companhias petroquímicas do 1º semestre confirmam um momento de baixa do setor. Depois da alta lucratividade contabilizada de 2020 a 2022, as receitas e lucros dessas empresas em 2023 ficaram bem abaixo do registrado nos primeiros 6 meses do ano passado, mostra levantamento do Poder360 com base nos balanços dos maiores players do segmento com ações listadas em bolsa. Foram analisados os resultados de 6 companhias, entre elas as brasileiras Braskem e Unipar, além das gigantes globais Sabic, Dow, LyondellBasell e BASF. Todas tiveram queda nas receitas totais de 19% a a a 29% no semestre. Ao analisar os lucros, as reduções são ainda maiores, variando de 37% a 126%.
O setor foi impulsionado pela pandemia, que provocou preços elevados de termoplásticos, resinas e outros produtos químicos. Os números acendem um alerta, diante dos riscos de uma redução nos preços ainda mais forte que o esperado para o 2º semestre deste ano. No período, os preços de referência internacionais dos principais produtos do setor caíram, com destaque para o etano (-53%), propano (-41%), resinas termoplásticas (-31%) e nafta (26%). A cotação do barril de petróleo brent, que também influi na formação dos preços, caiu 26% de 2022 a 2023.
A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas (polietileno, polipropileno e PVC) das Américas, teve a maior queda no período. O lucro líquido da empresa de US$ 467 milhões no 1º semestre de 2022 foi revertido para prejuízo de US$ 121 milhões na 1ª metade deste ano (-126%). A receita no período caiu 29%. A empresa alegou que o resultado se deu pelo menor nível de consumo global por causa das elevadas taxas de juros e da pressão inflacionária, o que fez as vendas e os preços internacionais caírem. Uma piora deste cenário ter reflexos no processo de venda do controle acionário da Braskem pela Novonor (antiga Odebrecht), que já recebeu 3 propostas formais.
Líder global do setor, a alemã Basf ainda é com folga a mais lucrativa. Porém viu seu resultado líquido cair de US$ 3,6 bilhões nos 6 primeiros meses de 2022 para US$ 2,2 bilhões no 1º semestre deste ano, uma variação negativa de 37%. Outra brasileira da lista, a Unipar, líder na produção de cloro e soda e a 2ª maior produtora de PVC na América do Sul, teve quedas proporcionais às concorrentes. O lucro semestral teve redução de US$ 200 milhões para US$ 89 milhões, ou seja, caiu 55%. A receita diminuiu 26%.
Outra brasileira da lista, a Unipar, líder na produção de cloro e soda e a 2ª maior produtora de PVC na América do Sul, teve quedas proporcionais às concorrentes. O lucro semestral teve redução de US$ 200 milhões para US$ 89 milhões, ou seja, caiu 55%. A receita diminuiu 26%.